Em Alagoas quebrar o coco não é rachar o fruto da palmeira. Quebrar o coco de roda, em linguagem folclórica, é brincar ou dançar cadenciadamente ao ritmo do sapateado, numa grande roda com batuque. Uma manifestação popular das mais animadas. Assim se determinou e aconteceu depois, em outros estados como Pernambuco e Paraíba, e em grandes festas do folguedo. Aqui, alguns momentos do Festival de Coco de Roda de Alagoas em 2012.
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Cantador e instrumentos |
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Sapateando no ritmo da quebrada |
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Seus pares |
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Girando na roda do coco |
Sentir-se
morgado sem esperança de saculejar o espinhaço em plena festa junina de Maceió não é
opção. Mesmo para se espiar, você
termina salpicando uma cadência de palmas e jogo de pés, tipo xaxado dos bons
com um misto de sapateado (é assim que se chama), no ritmo da entoada de
improviso - ou não - do puxador /mestre cantador. Mesmo sem sua parelha,
umbigada ou estar na roda, tudo vira tipo assim: quebrar o coco num maior
remelexo!!!
E
o coco resfolegando, e a sanfona tocando e o espinhaço mexendo (mas você só
estava assistindo). Pois não é moleza o coco de roda alagoano, antes de tudo há
que se ter muita alegria e condicionamento físico para brincar o coco na roda
dos dançadores!
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No "Xodó Nordestino" se aprende
cedo |
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Detalhes do arranjo de cabeça das meninas do coco
"Tradicional Alagoano" confeccionado por elas. |
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Karla a cantadora do coco
"Tradiocnal Alagoano"com seu bebê |
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Detalhes da chapéu masculino |
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Maquiagem antes na dança em plena "arena" |
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Outro arranjo de cabeça das meninas |
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Grupo Coco de roda "Xique Xique",um dos mais premiados.
Deu exemplo de alegria e preseverança! |
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Saiote que meninas usdam por baixo da saia grande rodada |
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Esquentando o espinhaço |
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O exemplo de Caio, para atleta que não perde uma boa festa |
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Estava cheio de matutas lindas! |
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Luis Gonzaga, o tema do baile junino de Maceió.
Homenagem devida aos seus 100 anos. |
Uma
mixagem da herança étnica indígena, por sua formação em roda, com a africana,
por seu ritmo cadenciado nas palmas e no baque do batuque. A origem do coco de
roda, para alguns folcloristas, está nos engenhos de açúcar, no pisar do barro
quando da construção das casas de pau à pique e para outros, nos tiradores de
coco do litoral nordestino. Depois teria se transformado em grande manifestação
popular através da dança e entrado para a história do folguedo brasileiro.
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Entada triunfal do coco "Xodó Nordestino",uma
homenagem ao guerreiro alagoano |
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Tudo pelo guerreiro alagoano |
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Só alegria |
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E muita energia |
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No rodopio só |
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O Coco de roda "Tradicional Alagoano" |
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Os pares |
“Dança
do populacho, como diria Pereira da Costa. Merece que se lhe investigue a
origem espúria, se lhe esclareça a naturalidade, e se lhe acompanhe também os
passos que deu pela região nordestina, sua área de irradiação, partindo das
Alagoas, sua terra natal. Merece que se lhe acompanhe a ascensão social também,
seguindo-a, na sua trajetória, desde os mocambos, terreiros ou senzalas até os
salões rurais e citadinos, que se lhe abriram nas comemorações do Natal, nas
dos três santos juninos, especialmente. Devemos, mesmo admitir que há, na
verdade, uma história social do Coco alagoano...”(DUARTE, Abelardo - Folclore
Negro das Alagoas, Edufal,2º ed., 2010, pg44)
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A umbigada |
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O sapateado |
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Karla, a coordenadora e a mestre cantadora |