novembro 10, 2010

Roteiros temporada 2011



Alagoas é bonita como o quê!
Escolhemos alguns momentos dos Caminhos Das Alagoas para apresentar o que você ainda não viu, ou não conhece, ou mesmo quer ver de novo, nossos roteiros!
Realizados na Costa dos Corais, Lagoas e Mares do Sul ou no território  Civilização do Açúcar atuamos em parceria com as comunidades para garantir qualidade de vida a todos.
Que momentos!

1. RT01 Fruta Pão - Maceió / Marechal Deodoro

O fruta pão é árvore frondosa e frutífera de origem africana e que, assim como o baboá- a lendária árvore da vida-, foi introduzida por escravos e se deu no nordeste brasileiro sendo sua fruta especialmente apreciada em pratos regionais. É abundante na região contemplada. A cidade histórica de Marechal Deodoro surpreende com sua arquitetura colonial e a quantidade de igrejas às margens da lagoa Manguaba.

2. RT02 Calhambola - Maceió / Maragogi

Calhambola é o mesmo que quilombola, dos quilombos. Palco de insurreição armada no Brasil colonial, de holandeses, senhores de engenho, escravos e índios contra portugueses - a Cabanada -, os antigos engenhos banguês da região estão nos livros de história de Alagoas e suas trilhas de Mata Atlântica nos levam ao encontro com muito mais! Mas a maior atração mesmo são as piscinas naturais da APA Costa dos Corais.

3. RT03 Coqueiro Coral  - Maceió / Porto de Pedras / São Miguel dos Milagres

A região APA Costa dos Corais é a segunda maior barreira de corais do mundo e possui uma biodiversidade incrível! Suas piscinas naturais confirmam. Mas entre a cidade histórica de Porto de Pedras e os mirantes com um visual de todo o litoral, seu coqueiral e corais, nos deparamos com um santuário de preservação do peixe-boi-marinho, bersário de soltura desse animal em seu habitat natural, no Rio Tatuamunha. E depois, uma trilha entre manguezais "de caneta" só pra relaxar!

4. RT04 Mel da Cana - Maceió / Coruripe

O roteiro no litoral, Lagoas e Mares do Sul, contempla usina de excelência, referência mundial em produção de derivados da cana-de-açúcar, especialmente açúcar e álcool. Buscando resgatar o débito da cultura da cana com nossa Mata Atlântica, a usina possui trilhas na maior reserva nativa de pau-brasil e pau-falho do Estado. Visite a cooperativa agrícola fundada por suiço em 1957. Pontal do Coruripe permite ir às compras com um organizado centro artesanal de objetos em palha de ouricuri, da região.

5. RT05 Papa Sururu  - Maceió / União dos Palmares / São José da Laje

Diz-se papa sururu de quem é alagoano e dança o "guerreiro", folguedo dos quilombos e mocambos. Dos aguerridos da Serra da Barriga. Do patrimônio mundial, Parque Memorial Quilombo dos Palmares. Sítio arqueológico e palco das mazelas da escravidão e do momento de liberdade. Encontramos ainda na região, quem recupere a Mata Atlântica e a usina que lançou o primeiro protótipo do carro à alcool no pais, com seu complexo colonial de 1820 e o Museu da Maria Fumaça.

Em todos os percursos você conhece as origens da capital Maceió, ou seja, o povoado que se originou às margens do
antigo engenho banguê, Masayó-k, e de seu encoradouro, o atual Porto de Maceió no bairro histórico de Jaraguá. Consulte valores para passeios de dia todo, final de semana e cinco dias.

novembro 02, 2010

"A Mulher pode!"


          
Chamar-se Dilma e ser presidente de um país democrático!


   Chamar-se Maria e ser mãe de todos os  santos e filhos!











Ou apenas chamar-se Vó Lalau, sem profissão definida, persistir na viuvez aos trinta e seis anos, e criar nove filhos.



Ser Zóia, Mariola, Erinéia, Luzinete, costureira, cozinheira, artesã ou arrumadeira e exercer atitude em sua negritude brejeira, naturalmente.


Chamar-se Edith e ainda na melhor idade renovar-se diariamente.


Ou chamar-se Vânia e acreditar ter seu filho reeducando novamente “ajuizado”.


Chamar-se Elze e fazer poesia em sua esquizofrenia.


A mulher pode! Dançar capoeira ou exercer função de  secretária de Estado.
Ser D. Mil ou cem!





Chamar-se Iemanjá, ser deusa, protetora do mar e seus elementos.


Chamar-se Aqualtune, princesa africana, e buscar liberdade com o filho no ventre fundando a república negra dos Palmares.


A mulher pode!


Dirigir e crer...


Esperar e corrigir...


Enxergar e perdoar...


Amar e acreditar...

Cuidar do quintal de casa e do meio ambiente!

Pela vida! Pela liberdade de ser mulher!



Uma homenagem no mês nacional da “Consciência Negra” às mulheres que fizeram, fazem e farão esse país mais luminoso e justo!



"Serra da Barriga
Barriga de negramina!
As outras montanhas se cobrem de neves,
De noiva, de nuvens, de verde!
E tu, de Loanda, de panos-da-costa,
De argolas,de contas, de quilombos!
Serra da Barriga!
Te vejo da casa em que nasci.
Que medo danado de negro fujão!..."

(Jorge de Lima)



setembro 06, 2010

A cultura aconteceu na porta


O objetivo da 1ª Festa Literária de Marechal Deodoro / FLIMAR de cultivar a semente da leitura e da cultura foi atingido.
Complexo Colonial Religioso Franciscano quase totalmente reformado.
Aspecto bucólico das ruas coloniais e praças
Marchal Deodoro, Alagoas
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A lagoa Manguaba é sempre um postal.
Maestro Zezinho
A "canja" do cordel de Jorge Calheiros
Aspecto do estande de comercialização

Teve de tudo na porta do estande dos Caminhos Das Alagoas durante o evento.
Um espaço visitado pelos presentes da cultura literária e da cultura popular. Representada por gente famosa e anônima que faz ou não a identidade cultural da região e da Civilização do Açúcar.



Ele tinha sorriso aberto, desdentado e feliz de quem participava da festa.
Ao pescador e sua corda de caranguejos ficamos devendo o momento.

A ecritora Marina Colasanti, gentil e solícita, atendeu a todos.
Nos deixou a experiência sobre leitura, livros e "ilhas esplendorosas" que somos. 

Da escritora Marina Colasanti, que influenciou gerações com seus artigos, crônicas e livros, ao vendedor anônimo da corda de caranguejos - “Vai aí uma caranguejada?!”
 
Auditório lotado como tem que ser.
Diretores dos Caminhos Das Alagoas
e escritores de Porto Alegre.
Com a escritora Janaína Amado, sobrinha de Jorge Amado.
Com o Secretário de Cultura e idealizador da FLIMAR, escritor Carlito Lima
e os amigos Myrian e Sávio Almeida que também iria proferir palestra.
Comercializando os roteiros
Jair Porto e Fátima felizes com o resultado.
Pra isso serve nossa cultura!
Das “canjas” deixada pelo maracatu “Baque Alagoano” aos, poeta trovador de cordel Jorge Calheiros e trompetista maestro Zezinho, dando show na nossa porta do alto de seus oitenta e seis anos!
Da visitante ilustre, escritora alagoana homenageada, Ariete Vilela ao turista curioso.  

A homenageada escritora alagoana Arriete Vilela
O Patrimônio Vivo da Cultura Alagoana, Mestre Zé Hum do pandeiro,
da Chegança, do Pastoril, da Baiana, do todos nós! Mereceu nosso certificado de Eco-Cidadão.
Novos parceiros e amigos, representantes do restaurante Parada de Taipa.
No auditório com trezentos e cinqüenta lugares da Secretaria de Cultura, teve palestra com auditório lotado e outras com quinze queridos e atentos ouvintes.
Nossa palestra sobre “Ecoturismo e Civilização do Açúcar em Alagoas” recebeu quinze atentos ouvintes. Não ousávamos esperar o mesmo público de outras palestras do dia, mas... Faltou interesse ou divulgação? Faltou preparação ou organização?!


Afinal, esperamos do Instituto Federal (antigo CEFET/ Marechal Deodoro), que forma quarenta alunos todos os anos no curso de ensino médio integrado para guias de turismo, o interesse pela temática. Alguém aí está entrando no mercado de trabalho e se interessa pelo turismo em Alagoas?!!! ...




Do cerimonial ouviu-se, advertidamente, que deveríamos antecipar a palestra em uma hora na ausência do palestrante que nos antecedeu, a troco de não esvaziar o auditório. Mas ainda assim alguém assumiu a possibilidade de quebrar o ritmo dos presentes mantendo a programação original já descaracterizada. Ficou nossa mensagem aos que atentaram para a importância do turismo sustentável na região. Ainda apresentamos e homenageamos como propúnhamos os mestres da Chegança Silva Jardim de Coqueiro Seco e a diretora da Escola Adelina de Carvalho Melo da APA de Santa Rita.



Segundo o professor Sávio Almeida citando minutos antes em sua palestra um texto bíblico “muito serão os chamados e poucos os escolhidos”.


Perdeu o meio acadêmico que menosprezou o evento.
Caminhos Das Alagoas e Ovídio, idealizador da FLIP de Paraty.


Enquanto isso, nosso Patrimônio Vivo da Cultura Alagoana,
as artesãs de labirinto e filé de Marechal Deodoro, bordavam.

Lucimar, coordenadora de grupos folclóricos de Coqueiro Seco
recebendo seu certificado de Eco-cidadã dos Caminhos Das Alagoas
e Bia da Luau Turismo. 

Com a semente lançada, ganhou a cultura alagoana que mostrou pra que serve!

Aos que apostaram na idéia e usufruíram do evento, cuidem da semente!



Pela ousadia e empenho do Secretário de Cultura, Carlito Lima e Prefeitura, nosso obrigada!
À cidade de Marechal Deodoro, nosso reconhecimento por sua formosura... na porta!

Aguardamos a 2ª FLIMAR!

Para todo mundo entrar na dança, a" canja" do Maracatu Baque Alagoano.
Talento na identidade cultural da Civilização do Açúcar!

agosto 23, 2010

  Festa da cultura


Chamam de projeto audacioso. E é! Trabalhar com cultura é coisa muito séria mas pouco valorizada. À olhos mau vistos! Com "u" mesmo, de árduo, difícil!




Às vezes o valor desse esforço parece compensador, às vezes nem tanto. Pra uns algo de se deixar pra depois, pra outros é pra já!
Isto é, quando nos deixam apresentar a essência e o talento da criação artística e intelectual regional. Porque quase nunca sobra espaço e dinheiro para manifestações culturais regionais!



Mas ainda acontece. Assim vai ser com a 1ª FLIMAR- Festa Literária de Marechal Deodoro, Alagoas- de 01 a 05 de setembro próximo - por exemplo.

Não só pelo município mas por todos que fazem anonimamente a cultura.


Mas tomemos o exemplo da temática do Roteiro Integrado da Civilização do Açúcar. Toda e qualquer manifestação de saberes e fazeres originários da produção da cana-de-açúcar e seus derivados desde o Brasil Colônia. Uma mistura das civilizações indígena, portuguesa e africana. Na história da economia brasileira o ciclo da cana-de-açúcar ocupou a maior área territorial e se prolongou por cinco séculos.


A influência do açúcar se fez sentir nos mais variados aspectos da organização econômico familiar.

Pode ser o açúcar, o mel de engenho, a cachaça, o álcool, a rapadura, alfinim, ou o coco-de-roda,  a capoeira, a culinária, artesanato, a cerâmica, os utensílios, o folguedo, a crendice, a lenda, a arquitetura e histórias dos engenhos e usinas do território da zona da mata e litoral de Alagoas, Pernambuco e Paraíba.
















Só nossos, documentados, cantados e versados pela sabedoria popular e depois por Gilberto Freyre em "Casa-grande & Senzala", "Sobrados & Mocambos", "Nordeste" e toda sua obra. 



















Podia ser José Lins do Rego, Graciliano Ramos ou até Aurélio Buarque de Holanda - o homenageado -  mas foi a Fundação Gilberto Freyre que inspirou o roteiro histórico cultural.



Vieram os engenhos banguês de roda d'água, de tração animal, de máquina à vapor, depois as usinas, hoje até de excelência. Veio a página negra da escravatura e dos Quilombos dos Palmares. Ficaram história, tradições e costumes.



Vivenciado por turistas e comunidades para encantar e garantir sustentabilidade. e bons índices na economia da indústria sem chaminé. No interior mesmo, pelo Turismo Sustentável. Assim fica bom pra todo mundo! O dono do engenho mudou, "o da senzala" também e o meio ambiente e cultura que precisa dos dois. 

Aí eu volto ao assunto: CULTURA.
Pra que serve a cultura regional?
Você aí já pensou nisso?!! Uma festa cultural garante conhecimento!



À propósito, nossa participação em parceria com a Luau Turismo se fará com uma palestra sobre "Ecoturismo e Civilização do Açúcar em Alagoas", mostra fotográfica "Vivenciando a Civilização do Açúcar", estande de comercialização de nossos roteiros, e, em paralelo, o roteiro "Fruta-Pão" com trilha na APA de Santa Rita e na Reserva Marinha Saco das Pedras, que tem nome de uma árvore frutífera da região, trazida da África por portugueses, muito apreciada na culinária nordestina.

Vê pra quê serve nossa cultura?!!     

Caminhos Das Alagoas Turismo