janeiro 03, 2010

Títulos e créditos das Alagoas

Os Caminhos Das Alagoas tem como missão a preservação ambiental e cultural através da vivência e emoções do turista e bem estar da comunidade em seus percursos ecoturísticos.
Exalta portanto todo e qualquer ato e parceria nesse sentido.





Que os títulos sejam dados a quem os merece de fato para Alagoas !

O título, recebeu o conservacionista Sr Osvaldo Timóteo do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, com o prêmio nacional MURIQUI, pelos trabalhos realizados de recuperação de 55 hectares de Mata Atlântica.




Depois de fornecer cana às usinas da região por muitos anos, e, finalmente, transformar sua fazenda em uma Reserva Particular de Patrimônio Natural em São José da Laje, Sr Osvaldo sabe tudo da importância da biodiversidade da Mata Atlântica para o Estado.




Tem orgulho da primeira árvore de pau brasil plantada no oitão de casa, hoje ainda “bêbe” nos seus 23 anos, e da “matinha” crescendo ao seu redor de pau de jangada, peroba, palmeira catolé, sucupira, umbaúba, murici, maria preta, mutamba, mau-visinho, tambor, araçá, jatobá, cipó, craibeira, mulumgú, cajazeira, jenipapo, brinco de viúva e outras espécies da mata atlântica de Alagoas – que, diga-se, algumas endêmicas.




Assim sendo, os animais silvestres retornaram àquelas terras: tatu, raposa, lobo guará, porco do mato, sagui, teiú, capivara, furão, papa-mel, quati, gavião, coruja, aves, migratórias, marreco de pequim, pato do mato, carão, galo d’água, perdiz, quer-quero, pato d”água, jaçanã, codorna, garincha, sabiá, bem-ti-vi, canário da mata, xexéu, pica pau e outras aves.
A citação das espécies é proposital pois algumas estão ameaçadas de extinção. Lembramos que, em Alagoas, só restam 3% de nossa Mata Atlântica intocada.





Conhecendo o trabalho sócio-ambiental desenvolvido na reserva, os Caminhos Das Alagoas oportunizaram a inclusão da RPPN nos Roteiros Integrados da Civilização do Açúcar-Paraíba, Pernambuco,Alagoas e de suas diretoras Jacineide Maia e Lucíola Jatobá, como membros do Comitê Gestor do RICA. Hoje, a reserva e a Usina Serra Grande, com foco na temática exigida, são atrações dos percursos dos Caminhos Das Alagoas nos roteiros ”Fruta Pão”, “Papa Sururu”, “Calhambola” e “Alagoanês”.


Essa parceria só começou!



A reportagem da afiliada da Rede Globo , TV Gazeta de Alagoas, esteve gravando entrevistas sobre Sr Osvaldo e sua reserva ecológica e a história gastronômica da Civilização do Açúcar, a cana-de-açúcar e derivados – suas tradições e costumes.




Gilberto Freyre citava que “a culinária nordestina foi se firmando no ’fino equilíbrio’ entre as cozinhas portuguesas, africanas e indígenas”. Então, com a culinária alagoana e seus utensílios não foi diferente.
Diegues Júnior afirmava: “ Até o açúcar já pronto ... para adocicar o café, chega ao espírito do povo e da curiosidade popular”.




Herdamos pratos à base de mandioca, milho, feijão, pirões, bebidas fernantadas da cozinha indígena. Da portuguesa, utilizamos receitas à base em caldos e cozidos, compotas, açúcar mascavo, rapadura, mel de engenho, tachos de cobre, bebidas destiladas em especial a cachaça e licores. E da cozinha africana panelas e cerâmicas de barro, a quenga, a rurupema, o ralador de coco, tachos e colheres de madeira, receitas com coco e pimenta. Itens utilizados na casa-grande e na senzala constantes em nosso afazeres culinários.




Os costumes e tradições da culinária da casa-grande e da senzala foram temas abordados na entrevista.
A gravação terminou com um passo-a-passo da receita do chef de cozinha Edson Lima:
Sorvete de TAPIOCA com farinha de RAPADURA e banana caramelizada no MEL DE ENGENHO, flambada na CACHAÇA.
Que mais ingredientes caberiam derivados dessa culinária?!!! Hummmm!!!!
A reportagem deverá ser exibida nos Programas TERRA E MAR e GLOBO RURAL.


Que os créditos não faltem a quem os seja digno por Alagoas !

Os créditos damos ao IPHAN na reforma da Igreja de N.S.Mãe dos Homens (1793-1810) de Coqueiro Seco , que tombada apenas pelo patrimônio estadual, tem seu acervo ameaçado pelo tempo, mas recebe os cuidados devido desse órgão.
A igreja possui elementos de valores histórico e artístico iguais aos complexos barroco de Marechal Deodoro e Penedo. No estilo barroco e rococó as peças talhadas em madeira de lei como o cedro eram elaboradas com cravos substituindo pregos.
Quanta força motriz e fé moveu aquela construção no século XVIII ? Quantas histórias de súplica, esperança e alegria existiram desde então?

Os Caminhos Das Alagoas foram recebidos pela equipe técnica de restauração interna da igreja, O responsável, Sr. Mário Swenson, esclareceu: - A ênfase do trabalho desenvolvido pelo IPHAN nessa obra é o resgate da originalidade dos elementos.
A ver pela data de sua construção imaginamos a importância da restauração e nos sentimos gratos por testemunhar “paredes” que continuarão a abrigar história, credo, orações, alegria e tristezas daquela gente que está no percurso “Alagoanês” e “ Papa Sururu” dos Caminhos Das Alagoas.
Tudo alí para se viver e vivênciar. Consulte roteiros, tarifas e programação regular.

Nos dois momentos, os Caminhos Das Alagoas foram representados pelos diretores operacional e comercial Gianna Perrelli e Rafael Ramalho.