setembro 02, 2014

TRILHAS TATUAMUNHA com PROJETO PEIXE BOI e PORTO da RUA, ALAGOAS


“Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade das tartarugas
Mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.”
(Manoel de Barros)




Não se ama o que não se conhece.  Conhecer, valorizar e respeitar é o que propomos quando vivenciamos um percurso de trilha de contemplação de natureza e preservação ambiental em ambientes naturais.


Mariolas e cia, prestes a aumentar o grua de consciência ambiental.

Clarinha, eu e Ismar da Associação.

Dessa vez foi na singular Unidade de Conservação Federal da APA DA COSTA DOS CORAIS,.mas especificamente no povoado de Porto da Rua e Tatuamunha.

Abrangendo 400 mil ha de área e cerca de 120km de praias e mangues, em quatro municípios pernambucanos e nove alagoanos, a unidade é de “uso sustentável ,busca coadunar os objetivos de conservação/ preservação ambiental e os usos direto (pesca) e indireto (turismo e pesquisa) dos recursos naturais de maneira sustentável, ou seja, garantir esse uso para as gerações futuras.”( http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/fauna-brasileira/lista-especies/970-peixe-boi-marinho-trichechus-manatus ). Ali se entende a importância de fomentar a consciência ecológica e absorver a energia da observação de paisagens paradisíacas e animais silvestres.

Pense  em duas "mariolas" engajadas com a natureza desde nascimento: Gianna e Fernanda Perrelli.

O Rio Tatuamunha é estuário de soltura do peixe-boi em Porto de Pedras , Alagoas.

A passarela em palafitas estão desde então atendendo ao acesso
da comunidade às praias. Falta gestão pública para fazer dessa
passarela algo seguro e garantido aos ribeirinhos.

Carangueiros garantem vida
saudável ao mangue

Mariola Yanna, mariola Simone e mariola Fernanda, encantadas e realizadas!
 Reconhecemos nos membros da Associação de Condutores do Peixe-boi, pescadores nativos, que em breve estarão com sede nova, contemplados e apadrinhados por um reconhecido programa de auditório da Rede Globo, o esforço de conservação junto ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos/ CMA, atuando a vinte anos no manejo para conservação do ameaçado peixe-boi. A sede é em Itamaracá, Pernambuco, e uma das bases de soltura e reintrodução desse animal em meio selvagem está no Rio Tatuamunha em Porto de Pedras, Alagoas, onde estivemos. (http://www.icmbio.gov.br/cma ).



A passarela de mais de quilometro entre manguezais e na travessia do rio.









Conhece-se o berçário com os condutores nativos, guias credenciados pelo ICMBIO, numa “janga” cuidadosamente movida por remo para não machucar os animais pois eventualmente encontra-se com o dono do pedaço com antena de marcação e nomeação presa à cauda! Em uma hora e meia de passeio é preciso chegar antes das 10h da manhã.







Mas o personagem maior, literalmente, é o dócil, enorme e impressionante peixe-boi marinho (Trichechus manatus, ordem dos sirênios) que é portador, resumidamente, das seguintes características e informações:

# É um mamífero aquático que pode ser encontrado em águas salgadas (mares e oceanos) ou doces (rios). Adota estuários de águas rasas para se reproduzir e parir seus filhotes;

# Mama até dois anos, tempo em que a mamãe peixe-boi protege e ensina seu filhote a buscar alimento;

# O animal é considerado uma espécie ameaçada, criticamente em perigo de extinção e hoje são catalogados apenas 500 animais que vivem em ambiente natural entre o litoral do Amapá até Alagoas, já tendo desaparecido no litoral entre Espírito Santo e Sergipe;

# Chegam a medir até 5 metros;

# Podem pesar até 500 kg;

# A fêmea tem, em média, um filhote a cada três anos. A gestação tem a duração de 12 meses;
























# São herbívoros e comem, diariamente, até 13% de seu peso corporal durante oito horas. A vegetação do manguezal, algas e o capim marinho agulha são seu maior alimento. No cativeiro são oferecidas grandes bandejas de alface, cenoura, beterraba, além do leite de soja para sua engorda até a soltura;

# Vivem em média de 50 a 60 anos;

# São protegidos no Brasil desde 1967 sob a Lei Federal de Proteção à Fauna Nº 5.197;

# As principais ameaças à espécie são: a caça predatória, as redes de pesca - por serem mansos e se aproximarem dos barcos ficam enredados nelas e morrem afogados ou nas mãos dos pescadores- a contaminação das águas costeiras; assoreamento dos estuários e rios e diminuição do alimento natural da espécie;

# Os peixes-bois de cativeiro tem nomes sugestivos: Lua e Astro foram os primeiros a serem reintroduzidos. Joana e outros. Existe ainda a espécie do peixe-boi amazônico.







Aí agente se pergunta acabou?!... Que nada! Ainda tinha a trilha de 08km em Mata Atlântica com os competentes Marta e “Irmão” (fone: 82 9990.5348) para fechar o dia e justificar aquela água de coco verde tirado na hora do pé para reabastecer as energias. Porque “VIVER É CONSTRUIR NOVAS PONTES E DESTRUIR VELHAS PAREDES.” (autor desconhecido)

Batismo da mariola Alba
Mariola Lenice

Batismo da mariola Edmea
Início da trilha de 08 km.

Recebendo o abraço do cipó

Dá para ser "glamorosa" durante a trilha...inclusive!!!!





Mariola Edna

Mariola Fernanda




O condutor nativo"Irmão" e seu fiel escudeiro o cão Charles 

O oco das árvores tem informação importante
de moradia

Os buracos também

No oco da árvore






Água de coco para rebater o cansaço

O fim da trilha é o início de outro tipo de contemplação e reflexão... 

Quantos envelhecem sem terem essa sensação ou nova visão pois não puderam ou não quiseram conhecer e amar! 

Outra trilha por amor de Deus!...




Crédito das fotos Gianna Perrelli para o banco de Imagens dos Caminhos Das Alagoas