O que se quer?
Que se ame a vida. Simples assim!
Mas antes há que se tentar ser perfeito. Ou quase... Ou aparentemente...
Ou debilmente perfeito! Tipo assim: perto de bonitinho que é quase feio! Então
tá: humanamente perfeito!
Há que se tentar ser gente. Há que se tentar ser bom. Há que se
tentar ser solidário. Mas há, acima de tudo que se tentar amar a si mesmo! Aí,
pensando bem, quase não dá! O nó está feito! Porque se o bom e solidário é para
uns, não será para outros e muito menos pra si. Ou tentar-se-á ser para todos,
ou nada! Humanamente divididos entre o eu e o nós!
Há que se cuidar da casa!
Limpar o chão!
Encher todas, todas as garrafas d’água diariamente, minuto a minuto,
para que não falte aquela água geladíssima, quase perfeita! Vital ... Sob o ponto de
vista do gelo mas imperfeita sob o ponto de vista da líquida água (pois não
seria água e não gelo?!!).
Há que se renovar a vida. Aguar as plantas e cuidar dos animais. Vê-los
renascer. Limpar o chão de casa! O da cozinha...E o do banheiro! Depois há que
se ser boa filha, boa mãe, boa irmã, boa amiga e boa profissional! Bem assim,
semelhantes atividades para se viver.
Há ainda que se cuidar da saúde! “Limpar o chão” do coração, do
fígado e do pulmão! Andar...andar...andar até a perfeição! Ou quase, porque sob
o ponto de vista do atleta vai longe o condicionamento mas sob o ponto de vista
da idade até que se dá para um gasto!
Há que se andar, mas muito mesmo, na imaginação!
E cuidar das dores de amores, antes até das dores da “chicungunha”.
Porque aparentemente, só aparentemente, você não tem muito direito a esse
cuidado. O tempo não dá! O espaço não deixa! Mas, lave, lave muito esse chão
porque sem ele não existe perfeição!
Tente ao menos ter algum dinheiro. Senão tudo fica mais ou menos...
Falta feira, falta luz e internet e aí meu amigo (!) você finalmente entenderá
que está longe, longíssimo da infalível inteireza e plenitude.
Finalmente, esqueça o estresse! Mais ou menos, tipo assim ... Ah,
deixa pra lá, não era bem isso que eu queria falar!
Mas tenha fé! Se agarre a ela como a si mesma! Afinal ela move
montanhas e o seu pé do chão! Àquele chão que você deve manter absolutamente
limpo! O bom chão do coração! Possível, exequível, praticável, fazível e viável
de limpezas profundas e raríssimas ordenações e depurações. Todo o santo dia,
minuto a minuto.
Tentar. É isso que se quer!
(Gianna Perrelli, Fevereiro de 2017)