dezembro 26, 2011

Por que "Mel da Cana" com Mata Atlântica?

Pois é, no litoral sul alagoano um roteiro diversificado de sol e praia no Pontal de Coruripe e na Lagoa do Pau; de contemplação da natureza na trilha de Mata Atlântica da RPPN Pau Brasil, Usina Coruripe; de artesanato e sustentabilidade na palha de ouriruri e no bagaço da cana e de cultura e história da Civilização do Açúcar. Reserva sob consulta.
Flores tropicais, jardim natural

Maior mata nativa de paubrasil do país. Quer mais ?!!!

A coleta sistemática e a sementeira da árvores nativas
da Mata Atlântica para reflorestamento, impressionam.
Aqui seu Nilo e equipe (ex-mateiro local convertido em ambientalista)
é peça fundamental! A semente vermelha do piriquiti não é nativa da região
mas é tida como uma semente da sorte.
 
Trilha para melhor idade ou qualquer outro grupo.


Recepção de boas vindas. Sinal de Deus!


Um dia duro de trabalho para, particularmente, de satisfação.


Na trilha silvestre, de risco presumido, a contemplação da natureza
supera o medo e o cansaço. O esforço é coletivo e a vivência pessoal. 


Artesanato do bagaço da cana.

Artesã das comunidades locais apoiadas por programas de sustentabilidade da Usina Coruripe

Palestra inicial em video sobre a empresa, o gerente operacional "Cição" e o
gerente ambiental "Valdir", todo apoio para o ecoturismo do roteiro "Mel da Cana".  

Há que se respeitar os anos dessa Gameleira mais que centenária que
presenciou histórias da implantação da cana-de-açúcar no Brasil Colônia.

Alongamento antes da trilha para garantir o passeio saudável.

Eu trabalho e me surpreendo a cada trilha.
 
Nem cipó nem orquídia, bem amarrada alí
nasceu para isso.

Magestoso e gigante o tronco da Gameleira


Quem disse que a trilha é igual? 


O planeta possui 97% de água salgada, 3% de água doce onde apenas 0,007% é pótável.
Com várias fontes na PRRN Pau Brasil, quem preserva tem o maior patrimônio do mundo!!
Por que "Mel da Cana"? Porque assim se vivencia Alagoas!
Inspirador, sugere o doce caldo extraído da cana-de-açúcar, o melado, que se degusta...
Estimulante, significa a "substância líquida e açucarada, de cor acastanhada, que se produz a partir da cana-de-açúcar".
O mel de engenho que se utiliza na nossa culinária é o " caldo de cana que vai para as formas de açúcar, depois de cozido e purificado" (Dicionário Aulete) que se conhece do video ao pátio externo de produção da usina.


Pátio externo de produção




Empacotamento e explicações

Seu Nilo é orgulho da diretoria e tem a biblioteca para
Educação Ambiental com seu nome

Valdir e equipe não deixa passar nada sem explicação.
Outro patrimônio da usina.

De modo figurado pode ser "grande doçura, extrema suavidade". " Ficar sem mel nem cabaça" é ficar sem qualquer das duas coisas que se podia obter. Como quem não conheceu ainda esse roteiro!

Caminhada à beira mar

Visual de tirar o fôlego

O farol de milha naútica para marinheiros desavisados...

Quando está na hora de recolher a jangada

Aqui se vive também do artesanato

Quase tudo é feito da palha da palmeira do ouricuri que hoje tem manejo sustentável 

Povoado pesqueiro do nosso litoral sul



A 86Km de Maceió, o município de Coruripe tem 53 km de litoral com praias paradisíacas. Vive da produção de derivados da cana-de-açúcar e suas usinas e já foi palco de fato histórico de naus que naufragaram e bispo devorado vivo por índios antropófagos, como Don Pero Fernandes Sardinha. É o que se conta depois da praia!  
"Os franceses foram os primeiros brancos a se estabelecerem na região de Coruripe. Dedicaram-se à extração e ecomércio de pau Brasil, construíram feitorias que foram os primeiros núcleos da atividade econômica da região. Depois chegaram os portugueses, em 1556, tendo sido concedida a Antônio Moura Castro a sesmaria que compreendia entre o Porto do Francês, do Rio São Miguel e o Rio Coruripe. Essa sesmaria deu origem à vila do Poxim e Coruripe... cuja padroeira é Nossa Senhora da Conceição. Tornou-se cidade em 16 de maio de 1892." (http://www.coruripe.al.gov.br/coruripe)

Praticar ecoturismo é vivenciar a cultura local é portanto provar do mel da cana com a Mata Atlântica! Está aí o porquê de tudo disso!!

novembro 17, 2011

Dia da Consciência Negra e uma certa negra Midiola

Ela tinha um metro e cinqüenta e seis centímetros.Chegou jovem aos seus dezesseis anos.

Tinha personalidade e era alegre. Nada a impedia de brincar as troças de carnaval que passavam na porta... E não contassem com seus serviços depois porque ela desaparecia! Estava muito ocupada!

Gostava de charque assado com farinha, fritos no fogareiro de barro comprado no mercado de Jaraguá - preto pelo uso - que mantinha com fogo acesso com os talos da madeira do quintal. Era seu costume. O melhor momento do dia antes de dormir!

Às vezes, quando faltava o fumo de corda, usava a velha palha de bananeira, dali mesmo do bananal no oitão do quintal à porta da cozinha... Fumava diariamente e nem queria opinião contra!

Miúda, já no final da vida, se apoiava na pia nova de inox para “ariar” suas panelas e detestava essas modernidades. Acocorada usando a areia do antigo braço do Riacho Salgadinho a limpeza era mais garantida. Só não viessem atrapalhar e mexer nas coisas dela, pois a cozinha era seu território e mesmo já meio senil preferia repetir a dose de sal ou de pimenta na comida que vê um prato desonerado pela interferência de quem não conhecia seu manejo!

Só usava uma grande saia rodada de chita feita pelas mãos hábeis da costureira da casa. Mas adorava receber de presente caixas de sabonetes cheirosos.

Mariola para os adultos, Midiola para as crianças, conquistou a casa de Dona Lalau. Atitude, costumes
e independência afrodescendente ]foram sua marca. Aqui com a bisteta nos jardins da casa em 1977.
Axé negra irmã Mariola!
Foi quem chegou mais jovem e saiu mais tarde de todos que freqüentaram a casa da Dona Lalau. Demorou em ter sua certidão de nascimento porque não se sabia quando tinha nascido. Imaginava-se ter mais de noventa anos enquanto estava conosco. Resolveram determinar qualquer data de aniversário para tirar seus documentos. Lembrava ainda ser seu pai um escravo, mas tinha orgulho de mandar nas suas “fuiças”. Sempre foi independente.

Tinha um patuá nos peitos junto com o terço que rezava diariamente. Fazia questão de celebrar as festas da casa, que ampla e acolhedora tinha de tudo um pouco! Carnaval, Natal, Festas Juninas, Cosme e Damião, Santo Antonio, São Lunguinha, personagens de dentro, parentes, de fora, passantes e os que chegavam e iam ficando.

Assim foi com a Mariola, cozinheira – a Midiola para as crianças. Zóia costureira. Zefinha arrumadeira. Biu eletricista. Zé soldado faz tudo. Sr Rodolfo peixeiro. Todos afrodescendentes e de presença marcante. E se naquele tempo se celebrasse o Dia da Consciência Negra, Zumbi teria vindo reencarnado em Mariola guerreira, festeira.

Aliás, Maria alguma coisa porque pouco importava seu nome de batismo, era mesmo a Midiola, por causa do tamanho. Quituteira de doces e bolos inesquecíveis escondia em seu guarda roupa para fazer mimos a melhor fatia para os netinhos postiços que mais gostava!

Por um bom tempo desapareceu. Soube-se que casou, teve um filho, um neto e uma bisneta. E voltou a aparecer já idosa, dona de sua vida, pois queria morrer junto à família da velha patroa - Dona Lalau - à propósito, nossa avó. Foi recebida de braços abertos e de lá só saiu quando a patroa faleceu.

Um ano depois seu neto nos informou que Midiola tinha ido se juntar aos seus ancestrais. Porque assim é a história de quem deixa exemplo de luta pela liberdade. Inato, no caso dela – nossa ilustre serviçal e irmã de cor. Axé!

Uma homenagem ao Dia Nacional da Consciência Negra e contra todo preconceito!

outubro 16, 2011

Ecoturismo em Alagoas


Alagoas possui inconfundíveis atrações naturais, históricas e culturais. Litoral belíssimo e trilhas marcantes. Vivenciar os roteiros dos Caminhos Das Alagoas, membro da ABETA (Associação Brasileira de Empresários do Ecoturismo e do Turismo Aventura) é enriquecer conhecimento pessoal e usufruir do lazer em território singular.

Para nossa agência a Civilização do Açúcar é o complexo social, mais que a simples produção do açúcar, e destacamos atrações temáticas e históricas, as questões ambientais, ora no seu esplendor, ora na sua devastação, que claramente se apresentam. Pois, quanta força motriz e fé moveram essa civilização?! Quantas histórias de credos, súplicas, esperança e alegria existiram desde então?! E quantos continuarão a fazer essa história?!


TRILHAS DE CONTEMPLAÇÃO DA NATUREZA

“Não aprendemos a amar a Terra lendo livros sobre isso, nem livros de ecologia integral. A experiência própria é o que conta. Plantar e seguir o crescimento de uma árvore ou de uma plantinha, caminhando pelas ruas da cidade ou aventurando-se numa floresta, sentindo o cantar dos pássaros nas manhãs ensolaradas ou não, observando como o vento move as plantas, sentindo a areia quente de nossas praias, olhando para as estrelas numa noite escura. Há muitas formas de encantamento e de emoção frente às maravilhas que a natureza nos reserva. É claro, existe a poluição, a degradação ambiental, para nos lembrar de que podemos destruir essa maravilha e para formar nossa consciência ecológica e nos mover à ação. Acariciar uma planta, contemplar com ternura um pôr de sol, cheirar o perfume de uma folha de pitanga, de goiaba, de laranjeira ou de um cipreste, de um eucalipto... são múltiplas formas de viver em relação permanente com esse planeta generoso e compartilhar a vida com todos os que o habitam ou o compõem. A vida tem sentido, mas ele só existe em relação. Como diz o poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade: “Sou um homem dissolvido na natureza. “Estou florescendo em todos os ipês”. Isso, Drummond só poderia dizer aqui na Terra.” (Fonte: Pedagogia da Terra e Cultura de Sustentabilidade. Autor: Moacir Gadotti)

setembro 07, 2011

Civilização do Açúcar em Alagoas, da realidade à realização.

Civilização do Açúcar.No começo era uma idéia e a força do trabalho. Aí a participação atenta. E a elaboração de propostas e metas. Depois a colaboração dirigida e agora a realização de ações estratégicas próprias. É a história da agência Caminhos Das Alagoas.

A cultura da pesca de jereré nos
canais lagunares

O transporte de cangalha na Serra da Barriga

A capoeira como manisfestação da resistência negra.

A Chegança dos mouros contra portugueses e do Mestre Zé Hum e Lucimar 




A caricatura no carnaval de rua

Bumba-meu-boi Dragão da Região do Quilombos

Fazer parte foi imprescindível. Contribuir e amadurecer também. Acreditar e efetivar a sociedade com a pessoa certa foi Graça Divina. Dessas ações aos primeiros resultados duraram três longos anos.
De oficinas, pesquisa e capacitação às reuniões, muito se aprendeu e mudou. Passou-se da doação da experiência pessoal e de conteúdo cedidos ao roteiro do MTUR (Civilização do Açúcar) à execução independente e comprometida do dever de casa.
Em Alagoas, uma nova visão na roteirização exigida pelo MTUR se superou: o Roteiro Integrado Civilização do Açúcar - Paraíba, Pernambuco, Alagoas.
Com Jacineide Maia, parceira
da RPPN Osvaldo Timóteo

Com Beatriz Dantas, parceira
da Luau Turismo
Com o presidente da Fundação
Gilberto Freyre e Genival, empresário
do Hotel Laguna Surf.

Buscando novos parcerias. Usina Cançansão do Sinimbú
 A Civilização do Açúcar é um complexo social com base no cultivo da cana-de-açúcar e toda sua produção derivada. É, portanto, bem maior que a cultura do açúcar. Projetou as relações sociais do Brasil Colonial e pós-colonial. Contempla em seu território, a herança indígena, portuguesa e africana dos antigos engenhos e das atuais usinas.
Bairro histórico de Jaraguá e seus antigos armazéns

Porto de Maceió situado na enseada
de Jaraguá que dá nome ao bairro 


Maceió rodeada pelo Oceano Atlântico e pela Lagoa Mundaú ao sul
 
A beleza da Lagoa Munguada,
a maior do Estado

Busto do Marechal Deodoro da Fonseca no Palácio Provincial e hoje sede da Prefeitura da cidade histórica de mesmo nome

Entre canais lagunas da Mundaú e da Manguaba


Pontal de Coruripe 

Antigos trapiches do bairro portuário de Jaraguá
Para nós, mais que saber de terras particulares, é a valorização da identidade sócio cultural de um território. Vivenciar atrações da periferia com conteúdos históricos e culturais temáticos, maduros enriquecidos pela natureza, cultura e do modo de ser colorido e tropical do alagoano.

São fortes os apelos sociológicos, antropológicos e ecológicos da temática desse roteiro.

Bromélias

Caule, flôr ou fruto?! Fungo.
Hotel Fazenda Marrecas, casario de um antigo engenho
Como é linda essa mata!
Sede histórica da Associação Comercial


O peixe-boi Aritama na sua
 inocente docilidade






Bromélias, agora suspensas














Da apresentação do coco-de-roda, do guerreiro, do bumba-meu-boi, do reisado, da capoeira que é a manifestação da resistência negra nas senzalas quando negro não podia falar entre si, mas apenas brincar a festa que enobrecia a casa-grande.

Educação ambiental com alunos
de escola municipal
Entre canais lagunares e o conhecimento empírico.




Alagoana da gema! Isto é, do
Coco-de-roda Xamego Alagoano


Se deixando levar pela renda do filé... divino!

Colorido do artesanato da palmeira
Ouricuri no Pontal de Coruripe












Da contemplação da natureza, e as questões de devastação da Mata Atlântica (em Alagoas restam apenas 2,7% da Mata Atlântica original) e manguezais com solução nas unidades de conservação e reservas ecológicas de espécies endêmicas da fauna e flora local. Observação de aves na APA de Murici e nas reservas particulares das usinas contempladas no roteiro é outra meta. Fauna e flora das Alagoas!


Com IPHAN, querendo saber tudo!!

Na ponta dos saberes, a canoa que não se constroi mais!!!

Culinária da Civilização do Açúcar na RPPN Osvaldo Timóteo

O exemplo que deu certo da Cooperativa Pindorama de 1954,
usina de açúcar e fábrica de produtos alimentícios.

Da fabricação da produção da cana-de-açúcar e derivados em antigos engenhos “bangüês” de tração animal, roda d’água, vapor e finalmente às usinas, unindo o antigo ao atual, o rústico ao moderno.



Da produção em alambiques da cachaça, hoje produto de exportação patenteada e suas implicâncias econômicas e sociais para o meio rural.


Tanta igreja por habitante tem uma explicação histórica!
Matriz de N.S.da Conceição de Marechal Deodoro.

Sr Oliveira de antigas olarias e
conhecedor do cipó.

 
Turismo Sustentável é o nosso diferencial e a gestão participativa fortalecendo parcerias é o futuro de se fazer turismo em Alagoas....
 
O "Filé" é bordado manualmente no tear com técnica de
tecer a rede de pesca. Artesanato genuínamente alagoano.



Entre as fitas do Guerreiro Alagoano

Gente do folguedo que respeitamos muito!


Vitrais simbólicos

Na trilha do Engenho Genipapo (1806)
Da segmentação do ecoturismo, do turismo sol e praia, do turismo histórico cultural, do turismo de aventura, do turismo pedagógico para um público eclético: tudo se encontra no perfil dos roteiros dos Caminhos Das Alagoas.


O fruto dificilmente ficará maduro, pois existe sempre uma novidade e há que se buscar ainda mais: a excelência na satisfação de dois públicos alvos, o turista e a comunidade.


Em palestra no SENAC, apresentando Mestre Monge, da capoeira.
Personagens do pastoril de Natal

La Ursa do carnaval de frevo na porta
Produção associda: cachaça orgânica Brejo dos Bois
Barco Sassa II do parceiro Leli
Litoral norte, região de
invasão holandesa
Vista do cruzeiro no mirante de São Miguel dos Milagres

Árvore centenária do mirante de São Miguel dos Milagres
Alambique da produção de cachaça na Usina Sinimbú

Palestra com alunos do IFAL:
valorização da identidade cultural


Ninguém resiste ao caldo de cana com limão

A energia do Parque Memorial Quilombo dos Palmares na Serra da Barriga,
patrimônio mundial em território quilombola.
Nosso banco de imagens é um documento vivencial dos percursos realizados dentro das normas da ABNT e abastece nossas ações de marketing. Colaboramos com 33% das fotos do folheto institucional da SETUR AL e SEBRAE AL de divulgação.

Aguardamos levar esse conceito, mais que um roteiro turístico, ao turista comprometido com sua viagem e concretizar novas parcerias e seguidores!

Complexo Colonial Franciscano em Marechal Deodoro

Complexo Colonial do Carmo em Marechal Deodoro

A Usina Coruripe tem a maior reserva nativa de pau brasil do país.

Corvos para pesca do camarão nas Lagoas Mundaú e Manguaba


A prensa da massa puba para guloseimas da casa de farinha


Pretos-véios guardam a Serra da Barriga

Montanhas de açúcar demerara na Usina Coruripe,
antes do empacotamento.



Aspecto do sorteve de rapadura com banana caramelizada no mel de engenho
e flambada na cachaça. Quer mais culinária da Civilização do Açúcar aqui?!!

Bem vindos! Você certamente se identificará!